O Mago: Capítulo 1




Nova Metrópole, 2016

A cidade movimentada no início da manhã, pessoas passam para lá e para cá rapidamente, algumas com fones de ouvido, outras somente com o celular mesmo, escutando música ou falando com alguém.

Próximo a um ponto de ônibus vazio, a entrada para um beco, uma área entre  dois prédios, no fim desse beco, uma luz forte  aparece, e de dentro dessa luz que cresce até o tamanho exato de uma pessoa, sai um indivíduo vestido com roupas ainda da idade média.

Ele aparenta ter 20 anos ou menos, não vê a lata de lixo a sua frente, então tropeça e cai no chão, fica  olhando para cima. Os olhos se fecham aos poucos até sentir o lado direito da face molhada, ele abre os olhos e vê um cachorro lhe encarando.

– Você  também está aqui?  

– Alguém tem que te proteger, Aron! Você não está totalmente preparado,  estaria caso não tivesse optado por ser jovem novamente.

A voz vem do cachorro.

– Eu preciso  ajudar o Alim, Gorel

– Melhor você trocar de roupa, então Aron! Ninguém se veste dessa maneira no século em que estamos. Faça o feitiço.

– Não sei se eu consigo, Gorel! 

– Acredite, você consegue, sim!

Aron se levanta e se coloca um pouco afastado de Gorel, a concentração é necessária.

– Esvazie sua mente, Aron!

No século em que estou,  devo a aparência mudar, vista em mim, a roupa que devo usar. 

Palavras pronunciadas com força e determinação, o círculo dos elementos essenciais surge no chão,  e logo uma luz azul envolve Aron por poucos segundos, e desaparece. Aron agora está vestido conforme o século 21. Gorel se aproxima de Aron.

– Vamos procurar o Alim, Gorel!

Aron levanta o dedo indicador com a intenção de fazer mais um feitiço, mas Gorel intervém.

– Não faça isso, a não ser que você queira ficar nesse mundo para sempre, Aron! 

– Mas…

– Me obedeça! Na hora certa você entenderá tudo. Vamos agora agir como pessoas normais, apesar de haver magos e feiticeiras nesse século, são poucos, por isso não devemos nos expor.

– Como a gente chegará no Condado de Luvinus, Gorel?

– Venha comigo! Eu tenho a pedra viajante, e podemos usá-la para chegar até lá.

Gorel, o cachorro retira das patas, uma pedra azul turquesa brilhante. Aron se abaixa e pega a pedra.

– Arremessa no chão, mas pense no Condado, em mais nada que o Condado!

Aron pensa no Condado de Luvinus e arremessa a pedra com toda a força, que abre na parede do prédio algo como um portal que os suga para dentro e se fecha  rapidamente com a mesma velocidade em que foi aberto.


CONTINUA…


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